segunda-feira, 5 de maio de 2014

E a pressa chegou ao CMDUA ...

Na última terça-feira, dia 29 de abril de 2014, fui ao Conselho do Plano Diretor, CMDUA, acompanhar a votação do projeto de ampliação do Shopping Moinhos de Vento. De início estranhei quão poucos membros da comunidade estavam lá presentes. Depois viria a compreender, da forma mais decepcionante, o porque.
A votação do projeto já tinha sido levada ao CMDUA, quando o relator, representante da Região 2 de Gestão de Planejamento tinha votado contra o projeto. Quando isto acontece, o projeto é redistribuído... tipo assim... até aprovar. O conselheiro da Região 1, que é a região onde se encontra o empreendimento, havia informado que a comunidade não era contra o projeto, mas sim contra as contrapartidas.
Na reunião do dia 29, novo relato, desta vez pela aprovação, afinal a CAUGE já havia dado parecer favorável. Mas se este fosse o parâmetro, então por que existir o CMDUA??
Após o relato, o presidente do CMDUA (Secretário de Planejamento) sequer deu espaço para os poucos representantes do Movimento Moinhos Vive manifestarem sua opinião. Seria o mínimo para uma democracia. Mas no conselho, a democracia foi “patrolada” pela PRESSA dos conselheiros de literalmente se “livrarem” dos processos. O Conselheiro da Região 1 ingenuamente fez uma pergunta sobre a Área Livre Permeável. Na reunião anterior, informaram não poder responder pois era assunto da SMAM e seu representante não estava presente. Desta vez, o conselheiro da SMAM informou não ser com ele e sim com o representante da SMURB. A SMURB por sua vez não respondeu... Estava fazendo outra coisa.
E na pressa de votar, todos aprovaram com exceção do conselheiro da própria região 1 que parecia não acreditar no fato de que não era merecedor de uma mínima resposta. O grupo do Moinhos Vive tentou se manifestar e recebeu uma solicitação para que "ficassem quietos". Sinceramente, ultrajante.
Chocada pela forma de tratamento, não percebi a velocidade de apresentação do empreendimento proposto junto ao Barra Shopping. Apresentado tão as pressas que sequer pudemos compreender ao certo o que se quer no local. Deste, só entendi os 80 metros de altura, e perguntei a mim mesma sobre impacto sobre a paisagem. Apenas eu, por que os demais pareciam estar lá se enganando ao ouvir que seria um empreendimento “ecologicamente correto”. E que por isso deveria ser aprovado.
A reunião porém não terminou aí. Ainda tinha uma apresentação da EPTC sobre como vai funcionar o trânsito na COPA. Esta sim não deu pra entender nada... textos pequenos, fala rápida. Lógica discutível. Não consigo entender alguém em dispor estacionamentos na PUC, para que de lá as pessoas peguem transporte para chegar ao estádio. E percorram uma distância de mais de 10 quilômetros. Espalhando o caos da COPA por vários locais da cidade. A dúvida que ficou, e que obviamente não foi respondida é:
E quem não vai à COPA, circula por onde?
Dentre tantas informações, o máximo que recebemos é que a EPTC não recomenda circular 6 horas antes dos jogos e 2 horas depois dos jogos. Então tá, vamos todos ficar em casa, por que alguém não fez o seu dever de casa.

Muito para apenas uma reunião? Com certeza, por que no final, ninguém entendeu muito do que viu, e os processos seguem passando. Seguem amplificando o caos, contra qualquer tipo de planejamento urbano.

Eliana Hertzog Castilhos

Park & Hide PUC


Park & Hide Jockey






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