segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ecologia - Sacolas Plásticas

   Mais uma vez o Brasileiro prefere proibir a educar...


   Quantas leis existem no Brasil que não são cumpridas? Eu não sei mas posso dizer que pode estar se criando outra. Ao invés de educar a população a solução foi proibir as sacolas plásticas nos supermercados. Será que isso foi a melhor opção? Pelo menos entre meus conhecidos os quais convivo a sacola plástica era utilizada de forma racional e inteligente.
   Quem não reutiliza as mesmas para o descarte do lixo, no meu caso segunda, quarta e sexta com orgânico e na quinta e sábado com o reciclável. Elas eram um substituto ao saco de lixo, que também é plástico, apenas não entendo o que realmente estamos ganhando com isso.
   Reproduzo a reportagem do Estadão para que vocês tenham acesso a opinião de outras pessoas:


   "Consumidor não foi ouvido sobre fim das sacolas plásticas em supermercados, Acordo entre empresas e governo de SP deve banir a sacola plástica de 90% das redes
   A partir desta quarta-feira, 25, o consumidor vai ter de adicionar um item à sua trivial comprinha de supermercado: além do cartão de crédito e da lista de compras, terá de levar de casa recipientes para substituir as famigeradas sacolas plásticas.
  O acordo que deve banir a sacola plástica de quase 90% das redes foi assinado entre a Associação Brasileira de Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo em maio de 2011.
“É louvável que a Apas tenha tomado a iniciativa, mas o Idec entende que não ocorreu o devido processo de conscientização e informação necessário para que o consumidor cumpra sua parte”, opina Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Segundo ela, a ideia de responsabilidade compartilhada - que norteia a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) - inclui a construção de soluções de forma também compartilhada, o que não ocorreu, pois o consumidor não foi incluído no processo.
“O consumidor está cheio de dúvidas. Desde as mais simples, como se deve ou não embalar detergente junto com comida, até questionamentos sobre o valor das sacolas biodegradáveis, que serão fornecidas a R$ 0,19. De onde vem esse valor? Quanto custava a outra sacola, cujo valor estava embutido nos produtos? Esse valor de R$ 0,19 vai subsidiar a compra das sacolas reutilizáveis? Nada disso foi explicado”, afirma ela.
De acordo com o diretor de sustentabilidade da Apas, João Sanzovo, pode acontecer de algumas pessoas não quererem aderir à campanha. “Pode ocorrer, mas, pela experiência que tivemos em Jundiaí, é uma minoria, que não quer sair de sua zona de conforto. Mas, de fato, algumas pessoas vão precisar de ajuda e informação para abandonar a cultura do descarte.”
Opções. Entre as opções que o consumidor terá nos pontos de venda estão as sacolas de algodão, de PET, de ráfia e de polipropileno (todas reutilizáveis), além dos carrinhos de feira (de tecido ou comuns). Mas os especialistas dizem que o melhor é trazer sacolas de casa, pare evitar a compra desnecessária.
“Essa ideia de ter de comprar sacola não corresponde bem à realidade. Todo mundo tem em casa suas sacolas guardadas. Até mesmo aquelas bolsas de palha que se usa para ir à praia podem ser usadas para compras. Ele só vai ter de comprar se esquecer. E se comprar, será uma vez só”, diz a gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro.
Sanzovo, da Apas, diz que há uma hierarquia para as opções. “A primeira providência é trazer de casa. Se não trouxer, o caixa vai oferecer a biocompostável. Se ele não quiser comprar a biocompostável, a loja oferecerá caixa de papelão. Não vamos deixar ninguém sair da loja com as compras sem embalagem.”
Lisa Gunn, do Idec, diz que a falta de clareza pode criar uma tendência de se rechaçar a medida. “Temos de entender que o processo de consumo sustentável passa pela informação, conscientização e educação do consumidor. Se ele tiver de comprar saco de lixo para pôr no banheiro, há de se perguntar em que o saco de lixo é diferente da sacolinha. Essa resposta não foi dada.”

   Os questionamentos mais importantes para nós consumidores são: Teremos desconto por não utilizar as sacolas plásticas? Foi analisado a diferença entre utilizar as sacolas e os sacos de lixo tradicionais? Não seria mais interessante e efetivo concientizar a população em separar o lixo ao invés de proibir o uso de um produto, poderiamos agregar muito mais à sociedade?


Arquiteto e Urbanista Alan Cristian Tabile Furlan

Um comentário:

  1. Para complementar a informação, ao ler hoje pela manhã o site consumidor RS, me deparei com a seguinte notícia que posto abaixo:

    13/02/2012
    SP: fim das sacolas plásticas aumenta lixo
    De acordo com o secretário, quantidade jogada fora sem proteção nos contêineres de coleta e na areia das praias aumentou
    A suspensão da distribuição gratuita de sacolinhas de plástico nos supermercados do Estado de São Paulo gerou reflexos em Ubatuba, no litoral norte.
    Em entrevista ao programa Ciranda da Cidade, da Rádio Bandeirantes, o secretário municipal de Obras da cidade, José Roberto Júnior, afirmou que a população precisa ser mais bem orientada.
    Segundo ele, desde a semana passada, muito lixo tem sido jogado sem proteção nos contêineres usados para a coleta e na areia das praias.
    O secretário alertou para a produção de lixo na cidade, que aumenta de 80 para 300 toneladas por dia durante o verão.

    As informações vinculadas tem origem do canal Band, e eu repasso a informação no nosso Blog, para reforçar os argumentos de que é a educação que irá realmente fazer a diferença, lei e proibições são meros paliativos.
    Arquiteto e Urbanista Alan Cristian Tabile Furlan

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