terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nova Orla, de onde saiu e onde foi parar o GT Orla?

Não acreditei quando vi as notícias com as imagens da Nova orla do Gasômetro, projetada pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, publicadas no jornal Metro. Simplesmente pelo fato de que ninguém estava sabendo disto. Convido o pessoal do Movimento em Defesa da Orla a contribuir com este blog em busca de novidades, por que não faço idpéia de como se deu esta contratação. Nem fiquei sabendo de concorrencia ou nada parecido, em especial considerando os valores envolvidos com um projeto deste porte. E as comunidades, será que terão vez... novamente um processo de porte significativo começa sem que o cliente final, a população, seja ouvido...


Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Guarda-corpo x Guard-Rail. Polêmica termina demonstrando que a solução é não seguir as normas!

Após a liberação do resultado sobre o Concurso promovido pelo IAB-RS sobre o quard rail/guarda corpo da avenida Ipiranga, em Porto Alegre, o resultado, a mim é que cada vez mais a classe de arquitetos demonstra valorizar única e exclusivamente aspectos estéticos, deixando aos engenheiros ajustarem seus projetos aos parâmetros técnicos e de custos vigentes no mercado profissional.
Com a divulgação do resultado escolhendo pela proposta que utiliza plástico PET como sendo algo "barato", podendo ser realizado ao custo de R$ 150,00 o metro linear (custo imposto pelo edital do concurso - http://www.iab-rs.org.br/noticia.php?id=1469&PHPSESSID=a9394df222f8b2d204d4234d07127edf) me pergunto até quando a postura será a de aceitar a informação, por mais absurda que seja, aos custos do dinheiro dos cofres públicos. Por que comprovação, não houve alguma. Assisti a apresentação e percebi que muito se falou em fábricas fornecedoras, sem citar nomes. muito se falou em consulta a profissionais da UFRGS, também sem mencionar os consultores. E ao término imaginei que alguém consultaria a veracidade de se obter o produto de forma tão fácil. Em uma rápida consulta à internet, ao site da ABIPET - Associação Brasileira da Indústria de PET (http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=72), nada sequer parecido com o proposto é encontrado. Seria por que não existe tal viabilidade, a de usar PET para tal fim? Ou a proposta é de usar um produto inédito cujos custos de reposição acabam por ser sempre altíssimos, totalmente contrário às disposições do próprio concurso:
"A ideia deverá apresentar uma previsão de custo de manutenção e reposição. Referente à manutenção e reposição, a Prefeitura deve deter as técnicas correlatas a estes processos;"

Mais estranho é que o autor tenha falado uma coisa e escrito outra, afinal, embora o mesmo considere mais adequado e resistente o PET e descarte o uso da madeira por ter como tratamento produtos que são "veneno" (conforme sua apresentação oral), o que escreve na prancha de apresentação do seu projeto não é bem isto. Cita a almofada em PEAD e a estrutura em madeira, podendo ser substituída por plástico reciclável... ora, onde fica o veneno então? E é PET ou PEAD?

Continuando o trabalho de pesquisa também observei que para esta eventual produção por retromoldagem, o PEAD (Polietileno de Alta Densidade) e o PTEF (politetrafluor etileno) são materiais usuais utilizados no processo, ainda não encontrei o PET. Neste caso existe o custo do molde, que deve ser considerado não necessariamente no projeto de implantação (pois se dilui no todo) mas no de reposição, obrigatoriamente, pelo custo para pequenas quantidades.

Para quem tem interesse no assunto, segue alguns sites pesquisados e que mostram que embora a recilagem do plástico esteja bastante avançada para uma série de segmentos, o relatado pelo autor do projeto parece bastante distante da realidade.
http://www.ecopipe.com.br
http://www.plasticomoderno.com.br/revista/pm314/rotomoldagem3.htm
http://www.mastermodel.com.br/mastermodel/rotomoldagem.html
http://www.tubopead.com.br/

Mas aqui, considero que o IAB, como organizador e entidade técnica, avalizou a solução proposta. Deste modo, também considero como contribuinte, que o custo final deve ser claro e aberto a todos. Mesmo por que o IAB quer que a avenida Ipiranga como um todo seja objeto de concurso público. Neste caso, chamo tanto o IAB quanto os profissionais a comprovarem que seu custo ficará limitado aos R$ 150,00 por metro linear - custo do produto instalado com BDI, por que qualquer orçamento requer comprovação técnica de sua exequibilidade. Dizer somente não basta, pois tratará com dinheiro público.

Destaco aqui apenas mais uma consideração sobre o processo. segundo o concurso o projeto deveria:
Diretrizes Técnicas
7.1.1. Observar a seguinte legislação: NBR 14718 (2008); DNIT Publicação IPR - 740 (2010); e AASHTO Guide for the Planning, Design, and Operation of Bicycle Facilities (2010), assim como, as normas, literaturas e afins que estas aqui citadas remeterem
 .
Mas segundo esta norma, a NBR 14718, o espaçamento entre os perfis do quada-corpo não deve ser superior a 11cm! algo que o projeto claramente não obedece.
Daí eu pergunto, se o custo não foi comprovado e a proposta não seguia as Normas, como é que o projeto foi selecionado?

Pergunto como participante que fui do concurso e para quem o atendimento às normas é padrão mínimo  para a execução de qualquer projeto, algo que as licitações cobram e ao que parece os concursos não. Como então o IAB pretende querer  fazer um concurso maior, se no detalhe, não consegue seguir o mínimo? Para quem não entendeu, esta regra desta NBR evita que pessoas caiam pelo quarda-corpo. Ao que parece os avaliadores preferem o "Belo" ao seguro, preferem ver os ciclistas dentro do arroio do que protegidos deste. Eu sei que em projetos, menos é mais, mas a situação ocorrida, a mim, apenas descredencia o IAB como entidade avaliadora.

Para quem quer maiores detalhes dos projetos, clique nas imagens abaixo:





Arquiteta e Urbanista Eliana Hertzog Castilhos

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ecologia - Sacolas Plásticas

   Mais uma vez o Brasileiro prefere proibir a educar...


   Quantas leis existem no Brasil que não são cumpridas? Eu não sei mas posso dizer que pode estar se criando outra. Ao invés de educar a população a solução foi proibir as sacolas plásticas nos supermercados. Será que isso foi a melhor opção? Pelo menos entre meus conhecidos os quais convivo a sacola plástica era utilizada de forma racional e inteligente.
   Quem não reutiliza as mesmas para o descarte do lixo, no meu caso segunda, quarta e sexta com orgânico e na quinta e sábado com o reciclável. Elas eram um substituto ao saco de lixo, que também é plástico, apenas não entendo o que realmente estamos ganhando com isso.
   Reproduzo a reportagem do Estadão para que vocês tenham acesso a opinião de outras pessoas:


   "Consumidor não foi ouvido sobre fim das sacolas plásticas em supermercados, Acordo entre empresas e governo de SP deve banir a sacola plástica de 90% das redes
   A partir desta quarta-feira, 25, o consumidor vai ter de adicionar um item à sua trivial comprinha de supermercado: além do cartão de crédito e da lista de compras, terá de levar de casa recipientes para substituir as famigeradas sacolas plásticas.
  O acordo que deve banir a sacola plástica de quase 90% das redes foi assinado entre a Associação Brasileira de Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo em maio de 2011.
“É louvável que a Apas tenha tomado a iniciativa, mas o Idec entende que não ocorreu o devido processo de conscientização e informação necessário para que o consumidor cumpra sua parte”, opina Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Segundo ela, a ideia de responsabilidade compartilhada - que norteia a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) - inclui a construção de soluções de forma também compartilhada, o que não ocorreu, pois o consumidor não foi incluído no processo.
“O consumidor está cheio de dúvidas. Desde as mais simples, como se deve ou não embalar detergente junto com comida, até questionamentos sobre o valor das sacolas biodegradáveis, que serão fornecidas a R$ 0,19. De onde vem esse valor? Quanto custava a outra sacola, cujo valor estava embutido nos produtos? Esse valor de R$ 0,19 vai subsidiar a compra das sacolas reutilizáveis? Nada disso foi explicado”, afirma ela.
De acordo com o diretor de sustentabilidade da Apas, João Sanzovo, pode acontecer de algumas pessoas não quererem aderir à campanha. “Pode ocorrer, mas, pela experiência que tivemos em Jundiaí, é uma minoria, que não quer sair de sua zona de conforto. Mas, de fato, algumas pessoas vão precisar de ajuda e informação para abandonar a cultura do descarte.”
Opções. Entre as opções que o consumidor terá nos pontos de venda estão as sacolas de algodão, de PET, de ráfia e de polipropileno (todas reutilizáveis), além dos carrinhos de feira (de tecido ou comuns). Mas os especialistas dizem que o melhor é trazer sacolas de casa, pare evitar a compra desnecessária.
“Essa ideia de ter de comprar sacola não corresponde bem à realidade. Todo mundo tem em casa suas sacolas guardadas. Até mesmo aquelas bolsas de palha que se usa para ir à praia podem ser usadas para compras. Ele só vai ter de comprar se esquecer. E se comprar, será uma vez só”, diz a gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro.
Sanzovo, da Apas, diz que há uma hierarquia para as opções. “A primeira providência é trazer de casa. Se não trouxer, o caixa vai oferecer a biocompostável. Se ele não quiser comprar a biocompostável, a loja oferecerá caixa de papelão. Não vamos deixar ninguém sair da loja com as compras sem embalagem.”
Lisa Gunn, do Idec, diz que a falta de clareza pode criar uma tendência de se rechaçar a medida. “Temos de entender que o processo de consumo sustentável passa pela informação, conscientização e educação do consumidor. Se ele tiver de comprar saco de lixo para pôr no banheiro, há de se perguntar em que o saco de lixo é diferente da sacolinha. Essa resposta não foi dada.”

   Os questionamentos mais importantes para nós consumidores são: Teremos desconto por não utilizar as sacolas plásticas? Foi analisado a diferença entre utilizar as sacolas e os sacos de lixo tradicionais? Não seria mais interessante e efetivo concientizar a população em separar o lixo ao invés de proibir o uso de um produto, poderiamos agregar muito mais à sociedade?


Arquiteto e Urbanista Alan Cristian Tabile Furlan

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

The Candy Room, em Melbourne, Australia.

Retomanda as postagens do blog, com um pouco mais de frequência, eu quero retomar também as postagens relacionadas a projetos criativos que valem a pena ser comentados. Um dos últimos que vi e que me chamou a atenção pela criatividade foi o projeto da "The Candy Room", em Melbourne, Australia, desenvolvido pelo escritório RED Design Group.
Quem já fez algum tipo de design de loja se pergunta muitas vezes como destacar o produto sem que o projeto em si chame mais a atenção do que o que está sendo vendido. Embora seja uma idéia de uso bastante restrito, a originalidade chama realmente a atenção, afinal o fundo, os expositores e os balcões são "literalmente" desenhados. O fundo preto e branco, lembra quadrinho, o tema infantil, ao mesmo tempo em que faz "saltar aos olhos" os objetos de desenho expostos pelo local.
As fotos que seguem foram retiradas do site do escritório que fez o projeto, cujo link segue abaixo:
http://reddesigngroup.com.au/projects/CandyRoom.aspx






Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

Arte de Rua. Para quem acha que arte é algo distante...

Arte é geralmente considerada por muitos algo muito distante. Mas cada vez mais, quem cria a arte quer trazes estes elementos para mais próximo do cotidiano de todos. O site Araka traz no link a seguir uma coleção completa das 100 melhores fotos de arte urbana de 2011.
http://araka.com.br/index.php/as-100-melhores-fotos-de-arte-urbana-de-2011/

Mesmo para quem não curte arte, é impossível não gostar de ao menos uma destas manifestações. Criativas, bem humaradas, desmistificam a errônea idéia de que arte é algo chato, maçante. Ao contrário. Cores, texturas, idéias, críticas, há de tudo um pouco, para agradar a todo o tipo de público.

Tomei a liberdade de retirar do site alguns exemplos, que achei bastante interessante, mas a visita ao site Araka para conferir as 100 fotos.






Arquiteta e urbanista Eliana Hertzog Castilhos

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012


Maquete digital do projeto de condomínio habitacional realizado para Riko Construções em Canoas.
Casas padrão Minha Casa, Minha Vida.



Paulo Casa Nova, computação gráfica