quinta-feira, 3 de julho de 2014

Porto Alegre passou no teste da Copa ou os Gaúchos passaram?

Eis que a Copa veio e foi embora. Ela deixou saudades. Saudades de experimentar ser "primeiro mundo" e agora ter que voltar à realidade.
Observo tristemente os políticos se vangloriarem por ter tudo funcionado. Mas será que tudo funcionou mesmo? Até medalha, a nossa cidade ganhou. Mas o que será que ganhamos mesmo que já não tínhamos antes? Qual é o real legado da Copa do Mundo em Porto Alegre?
O povo gaúcho mais uma vez mostrou educação e simpatia ao receber os turistas. Pela primeira vez, experimentamos priorizar o pedestre ao invés do carro, e gostamos da experiência. Fizemos uma duplicação de via, à Beira do Rio Guaíba e em nada a utilizamos. Pagamos para ter um Viaduto que nem "apareceu na foto". Árvores foram cortadas em vão... quando o grande destaque da nossa cidade para as outras cidades sedes foi o caminhar pela cidade e chegar ao estádio pelo parque, junto à Orla. Mais do que o chegar ao estádio, nos destacamos pelo percurso criado. Um percurso que ligou história, natureza e pessoas (daqui e de fora)  em uma única sintonia.
A foto abaixo foi tirada do site ClicRBS. A torcida holandesa "tomando conta" do Viaduto da Borges. Um monumento lindo da nossa cidade que está deixado ao abandono. Não sofreu nenhum tipo de reparo para fazer parte do "Caminho do Gol". Ao contrário, quebraram o piso, alargaram os jardim de forma não programada, não projetada, não planejada. O colorido da torcida pode enganar quem não conhece.

















Para aqueles que conhecem, fica um sentimento de oportunidade perdida, onde frequentemente passamos atestado de descaso com a nossa própria história, com a nossa própria natureza.
Nós aqui sabemos o que perdemos e o que ganhamos. Pra mim, o grande legado foi bela ideia a do "Caminho do Gol", do percurso a pé, da sinergia que as pessoas podem ter em conjunto. Pena que ninguém havia comprado de verdade esta ideia. Não havia sequer sinalização no percurso para orientar sobre o Acampamento Farroupilha, por exemplo. Mas agora que fizemos bonito, todo mundo quer ser o pai da criança. Ao idealizador de verdade, a este dedico os meus parabéns. 
Quero continuar a ver eventos de primeiro mundo, e que este sim seja o legado, o de educação e de respeito pelas pessoas, pela nossa história, pela nossa paisagem. Estes sim fizeram bonito.




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Arquitetura e Gastronomia. 2014-7. Komka.

Com a divulgação do Guia Porto Alegre de Bares e Restaurantes, saímos para experimentar um lugar novo. Zanzamos pelo bairro Moinhos de Vento, mas acabamos mesmo no São Geraldo. Nossa escolha foi por um lugar de carnes, o Komka.
Restaurante fundado em 1967, tem uma história que merece respeito. Ninguém fica tanto tempo no mercado sem ter um mínimo de qualidade. Localizado na avenida Bahia, é uma travessa escura, com uma fachada bastante singela que não entrega nada para quem passa pela frente.
Por dentro, o lugar surpreende. Chegamos às 9:30 da noite e o restaurante estava cheio - mesas, ambiente de espera, tinha gente por todo o lugar. Embora não tenhamos sido prontamente atendidos quando entramos, ao pedir informação, fomos gentilmente e imediatamente levados a uma pequena mesa no salão. Neste momento, a senhora que nos atendeu nos informou que o Evandro seria o garçom que iria nos atender.



O lugar é simples, o piso é original de 1967, assim como os azulejos das paredes. As peças de decoração também remetem ao tempo antigo, assim como as fotos dos fundadores, pais do atual proprietário. Neste salão, parecemos viajar no tempo. O lugar, de certo modo, me lembrou a Lancheria do Parque, sem tecnologia, mas onde todo funciona.
Nem deu pra olhar todos os detalhes, e o Evandro veio nos atender. Como eu lembro do nome? Estava escrito no avental. Gostei desta familiaridade. Naquele momento e por toda a noite, ele nos atendeu com a maior simpatia. Informou como funcionava, especialidades da casa, atendimento nota 10.


Os cardápios são uma salada de estilo, mas impressiona a quantidade de cervejas à disposição. Há também uma boa carta de vinhos, sendo que estes estão armazenados adequadamente, em adegas, com proteção contra luz.
Pedimos uma polenta palito com parmesão, uma meia porção de coraçãozinho de galinha, um xixo de filé e uma porção de radite com bacon. Os pratos, estavam quentes.
Nem deu tempo novamente para esperar, em menos de 10 minutos veio a polenta. O aperitivo veio realmente para aperitivar e não depois da comida como as vezes acontece. Nem bem tínhamos começado a comer e serviram na sequência a radite e uns 10 minutos depois o coraçãozinho. Tudo estava com uma qualidade excelente.

 

 
A polenta veio sequinha, bem quente. O parmesão em boa quantidade para colocar conforme o gosto. A radite veio cortada, também em uma excelente quantidade. O coraçãozinho veio limpo (sem aquelas veias que a gente sempre tinha), no ponto, macio, bastante saboroso. Na mesa, disponível, já estavam farofa, azeite, vinagre, palitos, pimenta e sal. Nada de precisar pedir, estava alí. É tudo simples mas funciona.



Quando já estávamos entretidos saboreando a comida, veio o xixo de filé. Excelente. No ponto. Servido com tomate e cebola agrada um público bem maior. Macio ao extremo, ponto de sal ideal. Você nem sente o tempo passar e como o atendimento é ágil, assim como a entrega dos pedidos, o jantar desenrola de forma bastante agradável.













Para fechar, um cafezinho expresso. Antes disso visitei os sanitários e os demais espaços do restaurante.


Seguem alguns pontos de detaque:
- Espaço kids com recreacionista, que você pode acompanhar por televisão disposta no salão;
- Banheiros limpos, embora não acessíveis. Até tem barra para auxiliar, mas os vão de passagem realmente não ajudam.
- Sinalização de PPCI e extintor localizados no interior do ambiente;
- Climatização em todos os espaços, incluindo Pateo Heater na área de espera;
- Espera generosa;






 

Para você entender o tipo de espaço que é o Konka, basta dizer que há clientes que vão lá e pedem "o de sempre". Para saber o que pedir, basta olhar ao redor. Certamente terei que retornar para experimentar a carne de porco e a salada de batata, pela quantidade de gente que vi pedindo. E é claro, para tomar uma cerveja especial.

 

 



 


É sem sombra de dúvida, um ambiente familiar. Somos tratados de forma muito cordial e as peças nos fazem sentir este aconchego natural. Cadeiras de madeira que devem ser em grand eparte originais. Toalhas de pano nas mesas ajudam um pouco na acústica.

 

Com tudo o que vimos, atendimento, comida, e pelo preço cobrado, é muito, muito justo!

Resumo da visita:
Ar condicionado: Sim.
Sistemas de prevenção de incêndio: Sim.
Acessibilidade: Não.
Pet friendly: não.
Comidinhas alternativas: pouca indicação.
Acústica: Mais ou menos.
Som: não.
Área aberta: não.
Banheiro: próprio, limpo.
Comidas: O que provei estava excelente. Vou ter que voltar para provar outras coisas.
Bebidas: muita diversidade, para todos os gostos.
Preço: média de R$ 45,00 por pessoa.

Notas:
Arquitetura: 8. Gostei. Tem estilo, tem identidade, tem história, tem funcionalidade. Faltam coisas mas no geral é clara, é agradável.
Comida: 9. Tudo o que provei estava muito bom. Damos esta nota apenas por que consideramos que temos que provar outras coisas.

Churrascaria Komka.
Avenida Bahia, 1275. Esquina Viena. Bairro São Geraldo. Porto Alegre. RS.
De Segunda a Sábado. Das 11:30 às 14:30. E das 19:00 às 23:00.


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Sou a favor do Brasil.

Nas últimas semanas, um verdadeiro debate tomou as redes sociais. Afinal, torceremos ou não pela seleção brasileira? Eu sei a minha resposta. Eu vou torcer. Afinal, eu torço pelo Brasil, senão não estaria mais vivendo neste país.
Mas o fato de torcer, não significa apoiar esta "bagunça" que virou a Copa do Mundo, o caos promovido... e nem mesmo ir na linha do "o que tinha pra levar, já levaram" (!!).
Nada me fará apoiar esta palhaçada e nem os malandros querendo tirar vantagem do evento. Se tiver algum sucesso, é pela simpatia do povo. Mas então, por que gastamos tanto, em tantas obras que não terminarão?!
Cuidado, cada um, para não ver o nosso Brasil ganhar e na euforia, esquecer dos absurdos. Somos todos brasileiros, torcemos pelo nosso país. Mas sair encarando a roubalheira como algo que já aconteceu e que só dá pra reclamar nas eleições é simplicidade demais.
Alguém tá vendendo uma ideia um tanto pobre... e se coar, colou.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Concurso Expansão Senge, a nossa proposta.


Eis a nossa proposta. Me desculpe os demais, mas pra nós, simplesmente fazer um anexo não é fazer a expansão do Senge. Urbanamente, procuramos a unidade. 
Não deu pra ganhar, mas gostamos bastante do resultado, afinal, apenas para esclarecer, não demolimos o prédio na proposta,apenas repensamos o fechamento externo.
Segue o texto, encaminhado junto à proposta.
Expansão, eis o desafio proposto por este concurso. E a solução que se apresenta nasce justamente desta necessidade, de expandir espaços. É portanto uma pergunta cuja resposta deve agregar unidade ao conjunto, e é isto que se propõe. Ao invés de tratar o espaço de expansão de forma distinta, o projeto busca a integração das duas estruturas em um conjunto único. 
As linhas do projeto nascem da fachada existente, reformuladas em seus revestimentos. As linhas contornam os espaços gerando o novo SENGE. Faixas de vidro nas esquadrias dão a continuidade das linhas horizontais, assim como as faixas em alumínio composto branco, junto às lajes dos pavimentos. A solução interna dos pavimentos agregando as linhas orgânicas ao espaço interno demonstra a grande tecnologia aplicada ao espaço criando a sensação de que cada recanto é único.
Se externamente o prédio não se mostra além do necessário, internamente ele se integra pelo grande átrio para o qual se abrem as atividades. A integração destes espaços é total, sendo que através deste espaço, além de múltiplos espaços de convivência que se comunicam entre si, princípios de circulação e ventilação auxiliam no desenvolvimento das atividades, em especial nas salas de curso que necessitam, por norma, da ventilação cruzada. O vazio central é o coração do projeto. Jardins dispostos nestes espaços aumentam a qualidade espacial dos ambientes, complementando sua composição. São espaços que buscam ser mais humanos, promovendo a convivência, a integração, princípios básicos do desenvolvimento de projeto, atividade fundamental da função do engenheiro. 
As áreas de convivência, de troca, de integração, ocorrem em todos os pavimentos e entre eles. Os jardins e platôs reforçam esta integração, necessária em qualquer trabalho, em especial os de tecnologia, como é a área da engenharia. As peles de vidro projetadas em vidros duplos agregam melhoria considerável de conforto além da criação do micro ambiente próprio do espaço, protegido por uma cobertura de vidro.
O projeto “invade” a edificação existente. As alvenarias são parcialmente removidas de modo a permitir esta integração dos espaços. E ela ocorre em vários pavimentos, permitindo que o usuário se esqueça de que está em uma área nova, compreendendo o espaço com uma edificação única, em todos os sentidos.
A utilização do espaço de estacionamentos como parking deck otimiza o espaço, racionaliza seu uso, possibilita o atendimento à legislação da área livre permeável, é previsto da legislação de Porto Alegre, sendo portanto a solução mais racional a ser implantada. O uso do piso inclinado nos locais das vagas também auxilia na redução da necessidade de espaços para rampas, integradas ao espaço.
Funcionalmente, o posicionamento do auditório no térreo, com saída para rua, resolve aspectos relacionados à Prevenção de Incêndio, em especial no que se refere à evacuação da população usuária deste espaço. Ainda no pavimento térreo, a distribuição das funções características da galeria, com a interiorização das lojas, busca criar o motivo do percurso e da circulação de pessoas no local. O uso do pé-direito alto permite a o uso de mezaninos nas lojas, o que permite a flexibilização de uso e a implantação de espaços para estoque. Já no segundo pavimento, o espaço de eventos e o café buscam a integração visual com esta praça do térreo. Nos pavimentos que se seguem, jardim interligam espaços voltados para este grande vazio central. O projeto previu junto aos estacionamentos infraestrutura para as cisternas pertencentes ao sistema de recolhimento de água das chuvas. A grande permeabilidade proporcionada pelo projeto diminui a necessidade de iluminação artificial, e a cobertura verde inserida nas áreas de cobertura criam o aspecto sustentável aliado a alta tecnologia aplicada no projeto, que era desejo da equipe.
A solução estrutural proposta é a de estrutura independente, conforme pilares indicados nas plantas, combinados ao uso de lajes planas. Estimou-se uma espessura de 30cm, para a laje. O subsolo é proposto com o uso de cortinas de concreto.





 

 Foto da equipe... na última hora, pra variar...



Manifestação CMDUA

A quem interessar, segue o manifesto encaminhado ao CMDUA em 20 de maio de 2014.
Não se trata da crítica pela crítica, se trata, isso sim, de uma preocupação crescente de uma urbanista convicta, cada vez mais preocupada com os descaminhos da nossa cidade.

Ao CMDUA

Como delegada da Região de Gestão de Planejamento 1, encaminho a presente manifestação para que possa ser lida pelo Conselheiro da Região no CMDUA, com o devido apoio dos meus colegas delegados, que estão a par da presente manifestação.
Peço aqui aos senhores um pouco do seu tempo, um pouco mais de 3 minutos. Refere-se à falta de esclarecimento que se furtaram a dar ao conselheiro da região 1.
Há tempos ando observando que a pressa vem roubando a qualidade de vida. A pressa na verdade vem roubando a vida das pessoas. Poucas semanas atrás, um cobrador de ônibus esfaqueou 2 passageiros aqui em Porto Alegre. O motivo, os passageiros reclamavam do atraso do ônibus. O cobrador, nada tinha o que fazer. O trânsito está caótico. Basta sair às ruas para ver. Não era culpa dele. Mas ainda sim, as pessoas estão doentes. Todos estão doentes. Incluindo nós aqui do CMDUA, que na pressa de aprovar não estamos nem vendo o que estamos aprovando.
No último dia 29, em abril de 2014, fui como delegada da Região de Gestão de Planejamento 1 ao Conselho do Plano Diretor, o CMDUA, acompanhar a votação do projeto de ampliação do Shopping Moinhos de Vento. De início estranhei quão poucos membros da comunidade estavam lá presentes. Depois viria a compreender, da forma mais decepcionante, o porquê.
A votação do projeto já tinha sido levada ao CMDUA, quando o relator, representante da Região 2 de Gestão de Planejamento tinha votado contra o projeto. Quando isto acontece, o projeto é redistribuído... até aprovar. Em Porto Alegre, não existe o “não dá”. O conselheiro da Região 1, que é a região onde se encontra o empreendimento, havia informado que a comunidade não era contra o projeto, mas sim contra as contrapartidas determinadas e a forma de condução do processo. E pedia para tanto um estudo de vizinhança. Este sim, nunca regulamentado, apesar da necessidade alarmante de sua implantação.
Na reunião do dia 29, novo relato, desta vez pela aprovação, afinal “a CAUGE já havia dado parecer favorável”. Mas se este fosse o parâmetro, então por que existir o CMDUA? O CMDUA existe justamente para questionar e fiscalizar, e isto eu realmente não vi. Preferia ter ouvido do relator que ele concordava com a CAUGE e não que ele não se julgava capaz de questioná-los.
Após o relato, o presidente do CMDUA (Secretário de Planejamento) sequer deu espaço para os poucos representantes do Movimento Moinhos Vive manifestarem sua opinião. Seria o mínimo para uma democracia. Mas no conselho, a democracia foi “patrolada” pela PRESSA dos conselheiros, para literalmente se “livrarem” dos processos. O Conselheiro da Região 1 ingenuamente fez uma pergunta sobre a Área Livre Permeável. Na reunião anterior sobre este mesmo assunto, informaram não poder responder pois era assunto da SMAM e seu representante não estava presente. Desta vez, o conselheiro da SMAM estava presente mas informou não ser com ele e sim com o representante da SMURB. A SMURB por sua vez não respondeu... Estava fazendo outra coisa... o representante saiu da sala como se não fosse com ele... e sequer deram uma justificativa, uma resposta, nem que sim, nem que não, nem que talvez. Simplesmente NÃO RESPONDERAM NADA.
Na pressa de votar, a grande maioria aprovou esta ampliação.  O conselheiro da própria região 1 parecia não acreditar no fato de que não era merecedor de uma mínima resposta. Eu mesma não acreditei que esta era a forma de condução dos projetos no CMDUA. O grupo do Moinhos Vive tentou se manifestar e recebeu uma solicitação para que "ficassem quietos". Sinceramente, ultrajante.
Chocada pela forma de tratamento, não percebi a velocidade de apresentação do empreendimento proposto junto ao Barra Shopping. Apresentado tão as pressas que sequer pudemos compreender ao certo o que se quer no local. Deste, só entendi os 80 metros de altura, e perguntei a mim mesma sobre seu impacto sobre a paisagem. Apenas eu, por que os demais pareciam estar lá se enganando ao ouvir que seria um empreendimento “ecologicamente correto”. E que por isso deveria ser aprovado. Há anos atrás ouvi este mesmo discurso do projeto Gigante para Sempre do Sport Clube Internacional. E hoje, o que temos lá? Piso impermeável, entulhos sem nenhum responsável... aliás, parece que ninguém mais é responsável pelo o que faz.
Sempre considerei o CMDUA como um espaço democrático. Hoje, estou realmente duvidando disto. Aprovam-se projetos de impactos significativos, de grande porte, com maior velocidade do que se aprova uma simples residência. Alguns empreendimentos têm várias medidas mitigatórias ou compensatórias, outros, quase nenhuma. O CAOS das ruas é o reflexo disto, desta disparidade. Não nos deixam conferir as informações, os estudos. Sob a alegação de incapacidade técnica, nos furtam o nosso direito mais básico de questionar. E quando somos técnicos e questionamos aspectos técnicos, o silêncio é a maior afronta, que passa desapercebida por muitos.
Cada um que votou a favor dos grandes empreendimentos sem um estudo decente, cada um que minimiza os impactos de um grande empreendimento, cada um que acha que tudo é possível , no fundo, co-autor de todos os crimes e acidentes que ocorrem nesta cidade. Gente morrendo nas calçadas, pessoas atropeladas, ciclistas mortos... estamos promovendo o caos. Cada um de nós. Onde está o estudo da Ampliação do Shopping do Iguatemi? 
Isso sem falar as decisões antagônicas? No centro, vamos aumentar as calçadas, e reduzir o tráfego de veículos. No Moinhos de Vento (lugar lindo pelas suas calçadas bem cuidadas), vamos reduzir calçadas, vamos destruir a sua ambiência. No Petrópolis, manutenção de casas antigas com alguma qualidade. No Jóquei, lugar de um dos mais importantes exemplares modernistas, ninguém avalia o impacto do novo empreendimento sobre o exemplar. Dá pra entender? Não, não dá. E quando eu digo nós, é por que quando calamos, concordamos. E aqui, no CMDUA, parece que todos concordam.
Está chegando, porém, o dia em que a falta de planejamento vai realmente custar caro. Pois até então estávamos falando de obras. E hoje, falamos de vidas. Novamente afirmo, estamos promovendo o caos. Estamos apoiando o gasto de recursos em obras inúteis enquanto o povo sofre sem ter condições mínimas de saúde e de educação. Estamos vivendo num mundo de faz-de-conta, mas o faz-de-conta está sumindo pelo aumento da violência. E entre idas e vindas, gasta-se 1 milhão de reais em um chafariz seco que ninguém vê, que ninguém usa. Esta é a nossa Porto Alegre.

Eliana Hertzog Castilhos
Delegada RP1

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Residencial Florença - Módulo A - Maio de 2014

O residencial Florença - módulo A, é uma obra de retomada que está sendo realizada pela Cubbos para a Caixa Econômica Federal.










A obra em questão fica na cidade de Gravataí. Foi paralisada por problemas com a construtora anterior. Esperamos poder em breve entregar também este empreendimento.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Residencial Santana - Maio de 2014

Seguem fotos do empreendimento da Cubbos, Residencial Santana, em Esteio.